Fluminense vive ano amargo e tem pior desempenho de gols marcados desde início do século

Em 2024, o Fluminense vive uma de suas temporadas mais desafiadoras, marcada por eliminações precoces e uma luta constante contra o rebaixamento. A torcida tricolor, que se acostumou a ver seu time balançar as redes adversárias, teve poucas razões para comemorar. Enquanto em anos anteriores, a equipe superou a marca dos 100 gols, neste ano, até o momento, o Fluminense marcou apenas 62 gols, com 10 jogos restantes no calendário.

Até agora, o clube disputou 57 partidas, registrando 23 vitórias, 13 empates e 21 derrotas, com uma média de 1,09 gol por jogo. A defesa também apresentou problemas, permitindo 59 gols, oq ue resulta em uma média de 1,04 sofrido por jogo. Caso não melhore sua performance, o Fluminense pode encerrar a temporada com um dos piores desempenhos em termos de gols marcados desde o início do século. Para igualar o desempenho de 2018, quando marcou76 gols, o time precisaria marcar mais 14 gols nos próximos 10 jogos.

A escassez de gols pode ser atribuída à falta de um centroavante decisivo. Nos anos anteriores, o argentino Germán Cano foi de grande destaque, somando 84 gols entre 2022 e 2023. No entanto, 2024 trouxe uma série de lesões que o mantiveram longe dos gramados. Com Cano indisponível, a responsabilidade pairou sobre John Kennedy, que, após um início promissor, não conseguiu manter o nível esperado, enfrentando dificuldades tanto dentro quanto fora de campo. Kauã Elias, que começou sua trajetória profissional neste ano, também foi uma aposta, mas não pôde assumir todo o peso da função.

Nesse cenário, o goleador do Fluminense é o meia Arias, que, com 11 gols e 7 assistências em 42 partidas, assume um papel de destaque em um time que busca se recuperar. A tendência, ao final da temporada, é que o Fluminense tenha um artilheiro com um dos menores números de gols no século, superando apenas os registros de 2016 e 2019, em que Cícero, Rafael Sóbis e Yony Gonzáles marcaram 16 e 17 gols, respectivamente.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Arquivo OnBus