Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Indiciado em 15 de setembro pela Polícia Civil de Pernambuco, Gusttavo Lima é suspeito de cometer os crimes de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. O cantor, cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, nega todas as acusações. O indiciamento surgiu a partir da Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil para investigar esquema de casas de apostas. É a mesma operação que resultou na prisão da influencer digital Deolane Bezerra.

Segundo as investigações, os fatores que levaram ao indiciamento do artista foram um cofre milionário com dinheiro vivo, transações em valores fracionados e negociações irregulares de aviões.

O cofre que continha R$ 150 mil em notas de dólares, euros e reais, foi encontrado na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo Lima localizada em Goiânia (GO). Segundo a polícia, os valores encontrados são indício de lavagem de dinheiro. Já a defesa de Gusttavo Lima diz que o dinheiro no cofre era para pagamento de fornecedores.

Já as transações fracionadas somavam mais de R$ 8 milhões pelo uso de imagem e voz do cantor, e eram emitidas para a PIX365 Soluções (Vai de Bet, de acordo com a polícia), também investigada no esquema. A polícia avalia que esse seria outro indício de lavagem de dinheiro. Porém, a defesa do artista alega que os valores foram declarados, e os impostos, pagos.

Com relação à venda de aeronaves, um avião da Balada Eventos foi vendido duas vezes em 2023 e 2024 para investigados na operação — por US$ 6 milhões e R$ 33 milhões, respectivamente. A primeira compra foi feita a Darwin Henrique da Silva Filho, pernambucano que, segundo a polícia, é de uma família de bicheiros do Recife. Ele se desfez da compra devido a problemas técnicos. No entanto, polícia identificou que tanto o contrato quanto distrato foram emitidos no mesmo dia, 25 de maio de 2023. E que o laudo — que apontou a falha mecânica — foi em 29 de junho daquele ano.

No ano seguinte, o mesmo aviou voltou a ser vendido, dessa vez para o empresário José André da Rocha Neto, que também é alvo da operação.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução