Brasil pode perder R$ 7,7 bilhões com contrabando de cigarros eletrônicos em 2025

De acordo com uma pesquisa apresentada nesta quarta-feira (25), o Brasil pode deixar de arrecadar R$ 7,7 bilhões em impostos estaduais e federais em 2025 devido ao comércio ilegal de cigarros eletrônicos. O estudo, conduzido pela Escola de Segurança Multidimensional (ESEM) do Instituto de Relações Internacionais de São Paulo (IRI) da Universidade de São Paulo (USP), foi divulgado durante o workshop “Fronteiras do Crime: O Desafio do Crime Organizado em setores altamente regulados no Brasil”.

A arrecadação tributária poderia atingir até R$ 10,3 bilhões em 2028, de acordo com uma perspectiva conservadora do crescimento de mercado e do consumo mensal de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs).

Para obter esses dados, o estudo utilizou como base uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), que identificou um mercado potencial de 3,3 milhões de usuários de DEFs no Brasil.

O comércio ilegal de cigarros eletrônicos está sustentando em quatro pilares: proibição, contrabando, corrupção de agentes públicos e comercialização digital“, explica o professor Leandro Piquet, coordenador da Escola de Segurança Multidimensional da Universidade de São Paulo (ESEM-USP).

A venda de vapes, como são chamados os cigarros eletrônicos, é proibida no país desde 2009 pela Anvisa.

Por: Ágatha Araújo

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