Bilhões de pessoas podem ser impactadas por clima extremo, alertam pesquisadores

Cerca de 1,5 bilhão de pessoas devem ser diretamente afetadas pelas mudanças climáticas, de acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Geoscience. Os pesquisadores enfatizam que esse número só poderá ser reduzido caso sejam adotadas medidas urgentes para diminuir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. No entanto, mesmo com essas ações, ainda haveriam impactos significativos em várias regiões do planeta.

Eles destacam que algumas medidas, como a redução de poluentes para melhorar a qualidade do ar, podem acelerar eventos como as monções de verão na Ásia. Ainda assim, esses efeitos seriam menos devastadores do que as consequências esperadas se nada for feito.

Eventos extremos podem ocorrer simultaneamente
O estudo também aponta que o ritmo das mudanças climáticas deve acelerar nos próximos anos, elevando a possibilidade de eventos extremos como temperaturas elevadas, chuvas intensas e ventos fortes ocorrerem em sequência ou até simultaneamente.

Um exemplo recente é o aumento dos incêndios florestais, provocado pela combinação de raios secos e condições de seca mais severas. Em 2022, uma onda de calor no Paquistão foi seguida por inundações sem precedentes, afetando milhões de pessoas. No Brasil, o Rio Grande do Sul enfrentou inundações históricas no primeiro semestre deste ano, enquanto outras regiões do país sofrem com a pior seca em décadas.

Os pesquisadores alertam para os impactos das ondas de calor, que podem resultar em estresse térmico, aumento da mortalidade, prejuízos à agricultura e interrupções em setores como energia e transporte. Já as chuvas extremas podem causar inundações, destruição de infraestruturas, erosão e comprometimento da qualidade da água.

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