Lula afirma que acusações contra Silvio Almeida estão sendo investigadas: ‘Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo’
A organização Me Too Brasil, que denuncia casos de violência sexual, divulgou casos de assédio que teriam sido cometidos pelo ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. O caso foi publicado através do Metrópoles, o nome das vítimas não foi revelado, porém o jornal afirmou que uma delas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O presidente Lula, afirmou à Rádio Difusora Goiana que o caso será investigado, confira fala completa:
“Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso, é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, de ter direito de se defender. Vamos colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética para investigar. (…) Estou em uma briga danada contra a violência contra mulheres. Meu governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio. Vamos ter que apurar corretamente, mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio. (…) Eu vou decidir hoje à tarde. Primeiro, vou conversar com meus três ministros, com duas mulheres que estão no governo, que são ministras, e depois vou conversar tanto com o Silvio quanto com a Anielle e tomar a decisão. O governo precisa de tranquilidade. (…) Não vou permitir que o erro pessoal de alguém ou equívoco de alguém vá prejudicar o governo. Nós queremos paz e tranquilidade, e assédio não pode coexistir com a democracia.”
O ministro nega as acusações e publicou uma nota:
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, a favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”
A ONG afirmou que teve autorização das vítimas para tornar o caso público e que já concedeu assessoria jurídica e elas.
Por: Victoria Brasil
Imagem: Agência Brasil