28 anos após acidente da TAM, famílias enfrentam batalha por honorários de advogado morto
Quase 28 anos após o trágico acidente do voo 402 da TAM, ocorrido em 1996, as famílias das vítimas ainda enfrentam batalhas judiciais. O foco atual é a cobrança de honorários pelo falecido advogado Renato Guimarães, que representou as famílias após o desastre. O acidente, que ocorreu em 31 de outubro de 1996, resultou na morte de 99 pessoas, incluindo 96 a bordo do Fokker 100 e três pedestres.
Após a tragédia, Guimarães foi contratado pela associação dos familiares, mas foi destituído devido a acusações de dificultar acordos. Posteriormente, ele teve sua licença suspensa pela OAB, mas recuperou a licença e iniciou ações individuais contra as famílias, cobrando honorários pelo trabalho realizado. Mesmo após sua morte em 2012, o processo continua através de seu espólio.
Os herdeiros do passageiro David Boianovsky, professor da USP, descobriram em 2021 que seus CPFs foram bloqueados devido à ação. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve decidir até o dia 26 deste mês sobre a cobrança dos honorários, que soma cerca de R$ 890 mil, reabrindo feridas para as famílias que esperavam encerrar esse capítulo doloroso.
Por: Luiza Torrão
Foto: Repordução/PMSP