Suspensão de aulas na Uerj por protestos e ocupação de estudantes continuam após corte de auxílios
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), as aulas foram suspensas novamente nesta quarta-feira (21) após estudantes bloquearem o acesso ao campus Francisco Negrão de Lima na noite anterior. Os protestos e a ocupação do campus já duram quase um mês.
A decisão da reitoria de suspender as atividades foi motivada por questões de segurança, afetando cerca de 35 mil estudantes. A principal causa dos protestos é a insatisfação com a mudança nos critérios de concessão de bolsas e auxílios, que foram suspensos a partir do segundo semestre deste ano.
Estudantes e participantes da ocupação, ressaltam que a comunidade acadêmica dependia desses benefícios para se manter na universidade. O corte repentino levou a uma evasão de mais de mil alunos.
Na noite de terça-feira (20), manifestantes invadiram uma sessão plenária do Conselho Universitário, resultando em tumulto e na retirada da reitora, Gulnar Azevedo e Silva. Dois professores foram agredidos, e o caso foi registrado na Polícia Civil.
A reitoria criticou a ocupação, afirmando que impediu a realização das aulas e dificultou as negociações. Apesar dos esforços para negociar com o Diretório Central dos Estudantes e centros acadêmicos, não houve acordo até agora.
Os estudantes, por sua vez, prometem manter a ocupação até que um acordo seja alcançado. João Posis afirma que a reitoria não tem se engajado nas negociações, o que levou ao aumento da pressão através da ocupação.
Gulnar Azevedo expressou esperança de que um acordo possa ser alcançado em breve para retomar as atividades acadêmicas.
Por: Luiza Torrão
Foto: Arquivo/Portal OnBus