Protestos na Índia aumentam após estupro e assassinato de uma médica
Médica residente de 31 anos foi estuprada e assassinada na última sexta-feira (9) após sair para descansar em uma sala de seminários no Hospital Universitário RG Kar, um dos hospitais mais antigos da Índia.
Seus colegas a encontraram seminua e com vastos ferimentos na manhã seguinte. Posteriormente, a polícia prendeu um voluntário do hospital por conexão com o caso, sua identidade foi capturada por câmeras de segurança. Relatos apontam que o trabalhador voluntário tinha acesso aberto à enfermaria.
O crime desencadeou uma onda de protestos em diversas cidades na Índia, mobilizando multidões por justiça e mais segurança em hospitais públicos. Médicos e paramédicos em hospitais públicos da Índia entraram em greve no início dessa semana, exigindo justiça para a vítima e melhorias na segurança dos hospitais.
As cidades de Nova Délhi, Mumbai e Hyderabad foram palco de grandes manifestações, onde médicos e cidadãos, munidos de faixas e cartazes, protestaram contra a situação e exigiram uma resposta enérgica das autoridades. A médica Richa Garg, uma das manifestantes, expressou a revolta da comunidade, pedindo punição imediata dos responsáveis.
Em meio a graves acusações de destruição de provas e má investigação pelas autoridades locais, o caso foi transferido para o Bureau Central de Investigação (CBI).
30% dos médicos e 80% da equipe de enfermagem na Índia são representadas por mulheres. O país, com suas normas sociais conservadoras, enfrenta obstáculos significativos na luta contra a violência sofrida pelas mulheres.
Por: Beatriz Queiroz
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