Prefeitura de Niterói sedia seminário para desenvolvimento econômico sustentável
Nesta quinta-feira (15), em resolução inédita, líderes empresariais, autoridades e gestores públicos de todo o país vão estar reunidos em um seminário em Niterói para discutir o avanço da chamada Economia azul, que tem fundamento em associativismo e cooperativismo. Que acontecerá no Teatro Popular Oscar Niemeyer, das 8h às 18h30.
A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj), promove o evento com o apoio da Prefeitura de Niterói, por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Seden), e da Associação Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Acierj) e
O seminário é uma oportunidade de discutir desenvolvimento sustentável e tendo como perspectiva a transição energética, o evento vai abordar os temas como: “Turismo, Economia das Praias e Baía de Guanabara”, “Portos e Marinas”, “Indústria Naval”, “Transição Energética”, “Tecnologia BlueTech” e “Desenvolvimento de Cidades Costeiras”. Os representantes apostam no evento como uma transformação significativa para a retomada dos negócios do Rio de janeiro.
A zona econômica exclusiva, com 8.500 km de costa e um potencial de 57 milhões de km², o Brasil apresenta um grande potencial no campo marítimo. Entre os estados nacionais, o Rio de Janeiro tem a maior participação no chamado “PIB do Mar” (25%), puxado principalmente pelos segmentos de energia e turismo. A ideia do debate é discutir ainda um novo modelo de empreendedorismo que busque equilibrar o aproveitamento dos recursos marinhos com sua preservação.
Dentre as iniciativas que serão analisadas no evento, o Planejamento Espacial Marítimo (PEM) da região Sudeste terá lugar de destaque. O projeto tem base mapear os recursos marítimos costeiros, implementando a integração de diversos agentes socioeconômicos e garantindo a segurança jurídica e a soberania nacional.
o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o consórcio “Sudeste Azul” para liderar o PEM, que engloba os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Que é promovido pelas empresas Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Environpact Sustentabilidade, o grupo receberá R$ 12 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo de Estruturação de Projetos do BNDES (BNDES/FEP) para a execução do projeto. O diagnóstico marinho e marítimo do Sudeste será realizado ao longo de 36 meses e busca o uso sustentável da costa brasileira.
Outro tema que será debatido é o projeto orla, política nacional que vincula o gerenciamento das zonas costeiras, esse assunto vem ganhando importância como ficou evidente na discussão em torno da PEC das Praias. Depois do enorme efeito, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado adiou a votação do projeto de emenda constitucional que municipaliza a gestão das áreas de marinha e que transfere os terrenos de marinha aos seus ocupantes particulares.
por: Carolina Sepulveda
imagem: Lucas Tavares