Relatório do Cenipa sobre queda de avião da Voepass em São Paulo sai em 30 dias

Na manhã desta segunda-feira (12), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encerrou a primeira fase da investigação da queda do avião da Voepass (antiga Passaredo).

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, em comunicado, que os motores do turboélice ATR 72-500, fabricado pela companhia franco-italiana Avions de Transport Régional (ATR) e outras partes do avião que podem ser relevantes à investigação do acidente, já foram recolhidas e encaminhadas para a sede do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), em São Paulo (SP).

“A investigação do acidente aeronáutico segue sendo realizada, com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”, elucidou a FAB, na nota.

A previsão é de que o Cenipa conclua um relatório preliminar listando as prováveis causas da queda da aeronave em até 30 dias.

O avião operado pela Voepass decolou de Cascavel (PR) na manhã da última sexta-feira (9), transportando 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. O destino final do voo era o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), porém o ATR 72-500 caiu subitamente como “uma folha de papel”, quando sobrevoava a cidade de Vinhedo, no interior paulista, a cerca de 110 quilômetros de Guarulhos. Todos morreram no acidente.

Além da investigação administrativa do Cenipa, cuja função é esclarecer as causas de acidentes aéreos em geral e, dessa forma, rever padrões de segurança de voo a fim de impedir a ocorrência de eventos similares, a queda da aeronave é alvo de dois inquéritos policiais, um sob tutela da Polícia Federal (PF) e outro pela Polícia Civil de São Paulo.

No início da tarde, a FAB também disse que disponibilizou uma aeronave cargueiro para transportar de São Paulo a Cascavel as urnas funerárias das vítimas do acidente. Vinte e quatro das 62 vítimas do voo 2283 eram de Cascavel. O avião militar já se encontra na Base Aérea de São Paulo, nas palavras da FAB, apenas “aguardando as liberações oficiais por parte dos demais órgãos envolvidos na ocorrência”.

 

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz