Olimpíadas 2024: Uniformes de atletas trazem conforto, performance e sustentabilidade
Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, uma das principais inovações é o uso mais amplo dos “super spikes“, tênis especiais que melhoram o desempenho dos atletas no atletismo. Enquanto os antigos atletas olímpicos competiam nus para celebrar a força física, hoje, a tecnologia dos uniformes tem como objetivo maximizar a performance dos competidores.
Desde os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1896, quando o algodão foi considerado uma inovação por seu conforto, os uniformes evoluíram significativamente. Em 2024, as principais empresas de material esportivo focam não apenas na melhoria do desempenho, mas também na sustentabilidade. As peças são projetadas para gerenciar a umidade, resfriar o corpo, oferecer compressão, proteger contra raios UV, e muito mais.
Além das tecnologias de conforto e desempenho, a sustentabilidade é uma prioridade. Grandes marcas como Nike e Adidas estão investindo no uso de plástico e poliéster reciclados para confeccionar os uniformes, sem comprometer a qualidade. A Vero Moda, por exemplo, criou uniformes para os atletas da Dinamarca com fibras de celulose, reduzindo a pegada de carbono em 74%.
Empresas como Puma também estão reciclando materiais, transformando camisetas de futebol antigas em novas peças. Já a Mizuno desenvolveu uniformes para as atletas japonesas que impedem o uso indevido de imagens, protegendo sua privacidade e regulando melhor a temperatura corporal.
Os “super spikes“, que já foram usados nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, estão de volta, agora com tecnologia aprimorada. Esses tênis, desenvolvidos por marcas como Nike e Puma, são mais leves e responsivos, e utilizam a economia de energia para impulsionar os atletas. A tecnologia, que inclui espuma especial na entressola e, em alguns casos, placas de carbono, promete maior conforto e velocidade.
Apesar das inovações, há também controvérsias, como aconteceu nas Olimpíadas de Pequim em 2008, quando a Speedo lançou um super-maiô que levou à quebra de vários recordes na natação, resultando em restrições da Federação Internacional de Natação para garantir a igualdade nas competições.
As Olimpíadas de Paris 2024 mostram como a tecnologia e a sustentabilidade caminham lado a lado para elevar o desempenho dos atletas e responder às demandas atuais do esporte global.
Por: Carolina Cordeiro
Imagem: Divulgação