Pira Olímpica dos Jogos de Paris 2024 traz inovação tecnológica e sustentabilidade

Durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a pira olímpica se destaca não apenas como um símbolo tradicional, mas também por sua inovação tecnológica e compromisso com a sustentabilidade. Acendida por Teddy Riner e Marie-José Perec durante a cerimônia de abertura, em 26 de julho, a pira utiliza uma combinação de eletricidade e água para criar o efeito de fogo, em vez da combustão tradicional.

A pira olímpica, um dos pontos altos da cerimônia de abertura, está instalada em um balão de 30 metros de altura no Jardim das Tulherias. Alimentada por 40 lâmpadas de LED e 200 vaporizadores de água, a tecnologia cria o efeito de fogo utilizando eletricidade como única fonte de energia, evitando o uso de combustíveis fósseis.

De acordo com a EDF — empresa de eletricidade da França que patrocina os Jogos —, a pira olímpica do Paris 2024 representa uma estreia tecnológica e um avanço significativo na história das Olimpíadas. A EDF trabalhou com a equipe de Paris 2024 por quase três anos para desenvolver uma solução visualmente impressionante e ecologicamente responsável.

O anel de chama é composto por 40 holofotes que geram uma luminosidade equivalente a 4 milhões de lúmens e 200 bicos de nebulização de alta pressão. A água utilizada é cuidadosamente controlada, com consumo reduzido a 2 metros cúbicos por hora quando o balão está no solo e 3 metros cúbicos durante o voo. A estrutura do anel de chama, inspirada na engenharia aeronáutica, garante leveza e robustez, com um sistema de cabos que segue os movimentos do balão e permite o fluxo contínuo de eletricidade e água.

Desde a cerimônia de abertura, a pira olímpica tem atraído visitantes ao Jardim das Tulherias, com todos os 10 mil ingressos diários rapidamente esgotados. Visível do pôr do sol até às 2 horas da manhã, a pira reflete tanto a inovação tecnológica quanto a rica história de Paris, onde o primeiro voo de balão ocorreu em 1783. Paris espera que a popularidade da pira, assim como outros símbolos olímpicos, como os anéis na Torre Eiffel e as estátuas de mulheres francesas, possa levar à permanência desses ícones na cidade após o fim dos Jogos.

 

Foto: Divulgação/ EDF