Servidores da Fiocruz reivindicam reajuste salarial em paralisação na Avenida Brasil
Nesta quinta-feira (01), 700 funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram uma paralisação de 24 horas, reivindicando reajuste salarial. O movimento é uma forma de pressionar o governo por reajuste de salários, além de estabelecer que os serviços considerados essenciais sejam mantidos durante o período, por servidores e terceirizados. Nesta sexta-feira (02), o grupo deve voltar a se reunir para deliberar o prosseguimento da greve.
Segundo o presidente do sindicato, Paulo Henrique Scrivano Garrido, a categoria exige recomposição salarial escalonada em 3 anos: 20% ainda em 2024, 20% em 2025 e 20% em 2026. Nas contas do sindicato, a defasagem salarial desde 2010 é de 59% para servidores de nível superior e 75% no nível intermediário.
“O que os servidores e servidoras da Fiocruz querem é um acordo que reconheça o papel que nós cumprimos de cuidar da saúde de todos os brasileiros e brasileiras, desde o tubo de ensaio até a vacina no braço. O ato de hoje é consequência da decisão dos trabalhadores em assembleia, depois que as negociações do sindicato e da presidência da Fiocruz na mesa com o MGI não evoluíram conforme a comunidade esperava“, afirmou o presidente.
“Nós estamos em uma perda histórica, precisamos recuperar apenas o que nós ganhávamos. Não é aumento, portanto, é apenas um reajuste para voltarmos a ganhar o que ganhávamos (…) O governo tem que nos ouvir, por tudo o que a Fiocruz entrega à população brasileira, nós não aguentamos mais ter essa corrosão salarial“, ressaltou um servidor.
Por: Ágatha Araújo
Foto: Wikimedia