A ala política adversária afirma que González, que disputou a eleição contra o atual presidente, recebeu 67% dos votos, contra apenas 30% de Maduro.
Em decorrência do resultado desacreditado, manifestações explodiram por todo o país e ao menos 12 pessoas haviam morrido até esta quinta, de acordo com ONGs que atuam no país.
Diante do entrave, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência – incluindo Maduro e González, a comparecerem nesta sexta-feira (2) para iniciar a auditoria da eleição.
Integrantes da Suprema Corte, entretanto, foram indicados por Maduro e são alinhados a ele.
“Admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, expressou Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte. O CNE, órgão eleitoral, também é dirigido por um aliado de Maduro.
Na quarta (31), Maduro disse que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades” e afirmou que “a justiça chegará para eles”. A declaração de Maduro, que segundo ele é uma “opinião na condição de cidadão”, foi uma resposta a uma repórter Madeleine García, da TV venezuelana “Telesur” na coletiva com membros da imprensa nacional e internacional.
Por meio da rede social X, González afirmou nesta quinta que se mantém firme após a ameaça de prisão e que continua “ao lado do povo”. “Nunca os deixarei sozinhos e vou sempre defender sua vontade”.
Em artigo ao jornal americano “The Wall Street Journal”, María Corina Machado disse que está escondida e que teme pela sua vida.