Caso Mega-Sena: Justiça nega validade de testamento e exclui 8 irmãos e sobrinho de herança de R$ 100 milhões

Nesta quarta-feira (31), o Tribunal de Justiça de Rio Bonito (RJ) não reconheceu a validade do testamento que beneficiaria os oito irmãos e sobrinho de Renê Senna, ganhador da Mega-Sena. O lavrador foi assassinado a tiros no dia 7 de janeiro de 2007, na Região Metropolitana da cidade, um ano e meio após ganhar o prêmio milionário.

O documento negado determinava que 50% de sua fortuna fosse dividida por seus 8 irmãos e um sobrinho. A primeira parte, estimada atualmente em mais de R$ 100 milhões por conta de aplicações financeiras feitas ainda em vida pelo milionário, ficaria com a filha Renata Almeida Senna.

Com a decisão, permanece válido o segundo testamento registrado pelo ganhador da Mega-Sena em 16 de março de 2006, em que a filha se torna única destinatária legítima da herança. Apesar da decisão desta terça-feira, o advogado Sebastião Mendonça, representante de oito irmãos e um sobrinho do lavrador e autor do pedido para volta da validade do testamento de 2005, anunciou que vai entrar com um recurso de apelação.

A decisão negativa foi tomada após o STJ negar um recurso da viúva Adriana Ferreira Almeida Nascimento, apontada como mandante da morte de Renê. Atualmente, Adriana está na prisão e aguarda progressão para o regime aberto.

Por: Ágatha Araújo

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