Vice-presidente Geraldo Alckmin esteve com líder do Hamas em evento de posse do novo presidente do Irã

Na terça-feira (30), em Teerã, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB), esteve no mesmo evento em que o chefe do grupo Hamas, Ismail Haniyeh, estava horas antes de morrer. A cerimônia tratava-se da posse do novo presidente do Irã,  Masoud Pezeshkian.

O vice-presidente brasileiro representou o governo no evento, mas não conversou com o líder do grupo terrorista. Na ocasião, eles estavam a poucos metros de distância e em uma foto de líderes.

O Hamas e a Guarda Revolucionária do Irã informaram nesta quarta-feira (31) que Ismail Haniyeh, um dos líderes do grupo radical islâmico no exílio, foi assassinado em um bombardeio a uma casa na capital iraniana, Teerã.

Ismail Haniyeh era tido como o líder político do Hamas e vivia no Catar. Ele estava participando das negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza e tinha um mandado de prisão contra ele, que foi emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a morte de Ismail não tem ligação com o país e que a morte do líder do Hamas torna imprescindível um acordo de cessar-fogo entre o grupo radical e Israel.

A morte do líder tem como suspeita de autoria Israel, que até o momento não fez qualquer comentário sobre o caso. Desde o início da guerra, em outubro do ano passado, Tel Aviv havia afirmado que pretendia matar todos os líderes do Hamas, ou seja, Ismail também era alvo.

O ataque contra Ismail aconteceu no mesmo dia que Israel reivindicou a morte de um comandante do grupo libanês Hezbollah, em Beirute. O grupo xiita, entretanto, ainda não confirmou a morte. Tratou-se de uma retaliação ao ataque em Golã que vitimou fatalmente 12 crianças no fim de semana.

 

Créditos da imagem: Reprodução/TV Band

Escrito por: Rafael Ajooz