Chafariz da Glória passará por restauração e revitalização em obra que inclui prédio histórico
O histórico Chafariz da Glória será restaurado e revitalizado, junto com o prédio de dois andares localizado atrás dele. A Cedae abriu uma licitação para as obras, avaliadas em R$ 2,8 milhões. O resultado da licitação está previsto para agosto e as obras devem durar cerca de 18 meses após o início.
Construído em 1772, durante o vice-reinado do Marquês do Lavradio, o Chafariz da Glória é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938. Abastecido por nascentes de Santa Teresa através do Aqueduto da Carioca, ele será restaurado com pintura e a instalação de quatro rosáceas e duas bicas, baseadas nas originais.
Após a reforma, o prédio será alugado para a iniciativa privada, que poderá utilizá-lo comercialmente e terá a responsabilidade de manter o prédio e o chafariz em boas condições, sob fiscalização da Cedae. A Associação de Moradores e Amigos da Glória (Amag) aprovou a iniciativa, destacando a importância de preservar o patrimônio, que sofre com pichações e furtos.
“Achamos essa proposta muito interessante. Porque a gente tem visto um trabalho de enxugar gelo, infelizmente. O chafariz fica exposto, não tem grade e jogam lixo e picham o monumento. Aprovamos a medida, com o compromisso de que a fachada será mantida. Estamos felizes. Se ficar bem conservado, vamos dar todo apoio à manutenção. Historicamente, lutamos pelos bens do bairro“, avaliou o conselheiro fiscal da Amag, Paulo Cesar Nunes dos Santos.
Para viabilizar a ocupação, o prédio será ampliado com a construção de um terraço semicoberto. Também serão feitas reformas nas instalações elétricas, pisos, e fechamentos em vidro, além da instalação de banheiros e adequações para acessibilidade.
A ideia é que a ocupação comercial do espaço ajude a inibir furtos e vandalismo, contribuindo para a revitalização do bairro da Glória. A escolha do locatário será feita por licitação, restrita a usos de baixo impacto e que permitam o acesso público, como pequenos comércios culturais ou gastronômicos.
Por: Carolina Cordeiro
Imagem: Reprodução Internet