PF avança com investigação sobre uso ilegal da Abin, mas não vê indícios para prender Bolsonaro antes de julgamento
A operação Última Milha, deflagrada em 11 de julho para investigar uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), reúne diversas provas, que juntas formam um conjunto probatório, de qualidade e suficientemente capaz de mostrar o uso indevido da máquina pública para perseguir desafetos. Porém, de acordo com a PF, ainda não há indícios de que Jair Bolsonaro, presente em reunião que discutia o uso dos órgãos públicos para livrar o senador Flávio Bolsonaro de investigações de ‘rachadinha’, seja preso preventivamente. Espera-se que haja um julgamento.
A própria polícia, autorizada pela Justiça, poderia cumprir a prisão antes da condenação. Mas, além da busca por mais provas, também há o entendimento de que isso não deve ocorrer às vésperas das eleições municipais para não gerar mobilização social com consequências políticas.
De acordo com fontes do veículo CNN, a apuração é dinâmica e a chance de uma eventual prisão pode mudar, caso provas da necessidade de levar Bolsonaro à cadeia sejam encontradas.
Por: Ágatha Araújo
Foto: ED ALVES/CB/D.A.Press