França: Emmanuel Macron aceita renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal

Nesta terça (16), primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, e seu governo renunciaram, mas permanecerão de forma interina até que um novo gabinete seja nomeado. Enquanto mantiverem suas funções, vão administrar “assuntos atuais” no país, mas não poderão enviar novas leis ao Parlamento ou fazer grandes mudanças, dizem os especialistas.

Lidar com os assuntos atuais significa implementar medidas já decididas e gerenciar emergências que surgem. Nem mais, nem menos”, explicou Mathieu Disant, professor de direito na universidade Panthéon-Sorbonne, de Paris.

Segundo a nota do governo francês, não existe um cronograma definido para que Macron anuncie um novo primeiro-ministro.

Para que este período termine o mais rápido possível, cabe às forças republicanas trabalharem juntas para construir uma união em torno de projetos e ações a serviço do povo francês”, diz a nota emitida pelo Palácio de Eliseu.

Antes de aceitar a renúncia, Macron já havia recebido o anúncio da renúncia de Gabriel Attal em 8 de julho, mas recusou e pediu que o aliado ficasse no cargo para “garantir a estabilidade” da França. O pedido de renúncia ocorreu em função da vitória da coalizão de esquerda em eleições. A Nova Frente Popular ficou 182 assentos no Parlamento, seguido do Juntos (coalizão governista, de centro), com 168 cadeiras, e Reunião Nacional (extrema direita), com 143 lugares.

Por: Ágatha Araújo

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