Operação Ordo entra no segundo dia e pode ser levada para outras comunidades na capital

Iniciada na Zona Oeste do Rio nesta segunda-feira (15), a operação Ordo pode ser levada para outras comunidades da capital e de outras cidades fluminenses, disse o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor dos Santos, na manhã desta terça-feira (16). Entre os locais na cidade do Rio que podem receber medidas semelhantes estão a Praça Seca, também na Zona Oeste, e o Complexo do Lins, na Zona Norte. Na capital, não há data para terminar a mobilização. Até o momento, 28 pessoas foram presas, sendo 23 em flagrante, e outras cinco por cumprimento de mandados.

A operação segue agora para o segundo dia de ação, tendo como objetivo restabelecer os serviços de luz, gás, água, telefone e internet para a população da Zona Oeste e coletar dados de inteligência para combater o crime organizado na região.

“Hoje o foco são as concessionárias. As concessionárias de serviço público todas estão aqui hoje para a gente poder adentrar nessas comunidades, o terreno já está estabilizado, e restabelecer os serviços que eram explorados pela criminalidade. O objetivo é exatamente esse: produzir conhecimento, saber quem qual CPF, qual CNPJ que explora aquele tipo de serviço e isso vir a subsidiar operações e investigações pela Polícia Civil daqui para frente“, explicou o secretário. Ainda segundo Santos, outras comunidades também podem ser alvos de ações.

“Essas comunidades são o primeiro foco. Obviamente, essa ação já tem escalabilidade e a gente entendendo que há necessidade de ir para uma outra região, uma outra comunidade dentro dessa região, a gente vai atuar. Mas, isso é um trabalho que a gente vai fazer diariamente, essa avaliação é feita diária. Hoje, a Secretaria de Segurança Pública quer produzir conhecimento, quem explora aquela atividade, porque hoje, a luta pelo território não é só pela venda de drogas, mas sim todos esses serviços que são explorados“, completou.

Por: Ágatha Araújo

Foto: divulgação/Governo do Rio