Márcio Pacheco, conselheiro do TCE, adia novamente análise das contas de 2022 de Waguinho, prefeito de Belford Roxo

O conselheiro Márcio Pacheco, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), adiou mais uma vez a análise das contas de 2022 do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como Waguinho (Republicanos), para o próximo dia 17. A decisão estava inicialmente marcada para esta quarta-feira (10), porém Pacheco optou pelo adiamento devido à inclusão de novos documentos pela defesa do prefeito para sustentar sua argumentação.

As contas de governo de Waguinho enfrentam o risco de parecer desfavorável devido ao atraso no pagamento de parcelas de um acordo para reequilibrar o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) municipal. O tema tem alimentado disputas políticas na Baixada Fluminense.

O processo de análise das contas teve início em março e tem sido alvo de sucessivos adiamentos para uma decisão final. A sessão desta semana ocorreu em meio à repercussão da prisão do secretário de Educação da cidade, Dênis de Souza Macedo, acusado de desviar mais de R$ 6 milhões da merenda escolar.

Desde 2018, o TCE já avaliou quatro exercícios da administração de Waguinho. Nos anos de 2018 e 2019, o parecer foi favorável. Porém, em 2020 e 2021, os conselheiros emitiram parecer contrário. No caso das contas de 2020, a decisão foi revertida pelos vereadores em plenário. O processo chegou ao plenário novamente em 2023 e este ano, em um contexto de crise política após Waguinho romper com o deputado estadual Márcio Canella (União Brasil), pré-candidato à prefeitura da cidade.

Na primeira votação, os vereadores discordaram do TCE, porém a sessão foi anulada devido a falhas processuais apontadas pela oposição. Na segunda votação, prevaleceu o posicionamento do tribunal de contas, o que poderia tornar Waguinho inelegível por oito anos, conforme estipula a legislação. O caso está sub judice.