Cláudio Castro diz que Itamaraty entrou em contato após ‘avacalhar’ a PM no caso de filhos de diplomatas

“Eu vou cobrar uma investigação séria e isenta. Se for constatado que exageraram vão ser punidos dentro do que é previsto neste tipo de erro”, afirmou Castro.

Castro informou que o contato com o Ministério das Relações Exteriores poderia ter sido diretamente, por meio de uma ligação telefônica.

“Todos têm meu telefone. Aconteceu e, antes de dar a declaração, liga. Essa é a postura. Depois de achincalharem a polícia, mandaram ofício. Perderam tempo em mandar ofício”, acrescentou o governador.

Apesar das discordâncias sobre a forma como o Ministério das Relações Exteriores abordou o caso, Castro não desconsidera uma eventual punição se for comprovado algum erro ou abuso na abordagem.

“No depoimento dos garotos, eles falam que os cinco foram revistados e que haveria tido uma truculência só com três deles. No depoimento desse funcionário ele não relata isso. O que estamos fazendo é deixar o devido processo legal fazer o julgamento. E se tiverem que passar por reciclagem ou serem punidos, serão punidos dentro do erro que cometeram”, informou o governador.

Castro ainda disse que na região de Copacabana, Ipanema e Leblon, três dos bairros mais valorizados da cidade, muitas reclamações da população são por conta de roubos e furtos realizados por jovens.

“Crucificar a polícia antes de a Corregedoria terminar o trabalho dela é um erro”, declarou Castro.

A Corregedoria da PM ouviu os dois policiais envolvidos no caso já foram ouvidos. Na quinta-feira (11), eles devem prestar depoimento na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon, no inquérito que investiga se ocorreu racismo durante a abordagem.