Caso das joias: clã Bolsonaro fez operação clandestina para mascarar esquema de venda ilegal
De acordo com o delegado da Polícia Federal (PF) Alvarez Shor, o clã aliado a Bolsonaro, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, fez uma operação clandestina para devolver joias roubadas e mascarar o esquema criminoso. A afirmação é parte da investigação que sobre o desvio de presentes de alto valor dados por autoridades brasileiras durante a gestão de Bolsonaro.
“A associação criminosa estruturou uma operação clandestina para recuperar os bens, que estavam em estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos, planejando, coordenando e executando os atos necessários para escamotear a localização e movimentação dos bens desviados do acervo público brasileiro e tornar seguro, mediante ocultação da localização e propriedade, os proventos obtidos com a venda de parte dos bens desviados”, escreveu o delegado no relatório final.
O esquema idealizado para recuperar as joias se deu entre conversas por aplicativo de mensagens, comprovantes de passagens aéreas, localizadores de celular e câmeras de monitoramento. Wassef, por exemplo, viajou para os Estados Unidos em missão para comprar os Rolex de volta que haviam sido desviados. Assim como Cid teria feito o mesmo e voltado com joias para o Brasil.
Por: Ágatha Araújo
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