Procurador-geral da República ganha prazo maior para decidir se denuncia Bolsonaro por venda de joias
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve ter mais tempo do que o previsto em lei para decidir se apresenta ou não denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso de venda de joias sauditas.
Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal, que apontou crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Sem previsão de ser preso, o ex-chefe de governo foi alvo de investigação na última quinta (04).
A extensão do prazo de Gonet se deve ao período de recesso no Poder Judiciário. Até o dia 31 de julho, todos os prazos processuais estão suspensos. Portanto, o procurador-geral não será obrigado a decidir sobre uma acusação formal no prazo legal de 15 dias.
Entre os indiciados estão:
- Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- José Roberto Bueno, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia;
- Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal;
- Marcelo Vieira, ex-chefe de gabinete de documentação histórica da Presidência; e
- Marcos André Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque;
- Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro;
- Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;
- Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Mauro Cesar Lourena Cid, general e pai de Mauro Cid; e
- Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Por: Ágatha Araújo
Foto: ED ALVES/CB/D.A.Press