Após tentativa de renúncia de primeiro-ministro francês, Macron pede que ele siga no cargo

Nesta segunda-feira (8), o presidente do país, Emmanuel Macron, pediu ao atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, que permanecesse em seu cargo.

Attal, que foi ao Palácio do Eliseu nesta manhã, iria pedir a renúncia após o resultado das eleições legislativas realizadas no país no domingo (7), em que a esquerda surpreendeu a todos e saiu como a grande vitoriosa. Macron, porém, pediu que ele permanecesse no cargo até que a situação se defina, o que pode demorar semanas ou até meses.

Isso aconteceu porque, apesar de vencer o pleito e barrar a extrema direita do país, a esquerda não teve o número mínimo de assentos no Parlamento francês básicos para indicar um primeiro-ministro.

A aliança Juntos, de Attal e do presidente Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar. Surpreendendo e contrariando as pesquisas, a extrema direita chefiada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, terminou em terceiro, atrás do bloco do presidente.

Segundo as projeções do instituto Ifop, a Nova Frente Popular deve ter entre 180 e 205 cadeiras na Assembleia Nacional, enquanto a aliança Juntos, de Emmanuel Macron, terá entre 164 e 174 cadeiras.

O Reagrupamento Nacional, que esperava ter a maioria absoluta depois do bom desempenho no primeiro turno, terá entre 130 e 145— o número inclui membros do partido Republicanos que seguiram o pedido do contestado presidente da sigla, Eric Ciotti, para unirem forças com a extrema direita. Pelas projeções, o partido, por si só, terá entre 57 e 67 cadeiras.

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz