Sem previsão de ser preso, Bolsonaro é indiciado por suposto esquema de fraude em vacinas e venda de joias

Nesta quarta-feira (03), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos que investiga o episódio de falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19; e no caso das joias dadas de presente que teriam sido colocadas à venda ilegalmente no exterior. Após a entrega dos relatórios, devem ser remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias.

A PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno de Bolsonaro que supostamente atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro.

Além disso, podem também ser indiciados alguns aliados de Bolsonaro, como os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente — que chegou a ser preso em março por descumprir medidas cautelares e por obstrução da Justiça, mas solto em maio —, e seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid.

Mesmo com o indiciamento realizado, não é esperado que a Polícia Federal formalize um pedido de prisão preventiva.

Por: Ágatha Araújo
Foto: Sérgio Lima/Poder360