PF indicia Bolsonaro em caso de vendas de joias sauditas

 

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre a venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e posteriormente negociadas nos Estados Unidos. O inquérito foi concluído e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (4).

Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Sua defesa afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito. Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas pela PF.

O inquérito, iniciado no início do ano passado, foi relatado ao STF. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, solicitará que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste. A PGR pode apresentar denúncia contra os indiciados, devolver o inquérito à PF para mais investigações ou solicitar o arquivamento do caso.

Uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos por duas semanas, retornando com os elementos necessários para finalizar o inquérito. A operação contou com a cooperação internacional do FBI. Durante a investigação, os agentes visitaram quatro cidades norte-americanas, coletando provas como imagens de câmeras de segurança das lojas onde os relógios foram negociados.

A PF também buscou elementos da “operação resgate”, organizada para recomprar um relógio vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos, incluindo anotações, notas fiscais e fotos, foram confiscados com autorização das autoridades norte-americanas.