Choque séptico: infecção de origem da sepse pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários

Choque séptico, uma forma grave de sepse, é uma infecção generalizada que pode se espalhar rapidamente pelo corpo, causando danos em diversos órgãos. Este problema leva à morte de aproximadamente 11 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.

Recentemente, a fisiculturista gaúcha Cíntia Goldani faleceu aos 37 anos devido a choque séptico, sepse pulmonar e pneumonia bacteriana, segundo informou seu namorado, Gustavo Cesar. Outro caso notável é o da atriz e cantora Preta Gil, que sofreu um choque séptico enquanto tratava um câncer no intestino. Ela relatou que uma bactéria pode ter entrado em seu organismo através de um cateter usado na quimioterapia.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a sepse é a principal causa de óbitos nos hospitais, com cerca de 670 mil casos em adultos por ano e 240 mil mortes.

O que é choque séptico?

Para combater a infecção, o corpo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e na respiração. Sem tratamento adequado, a condição pode levar a parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos, resultando em morte.

A sepse pode afetar qualquer órgão e é comum em pacientes hospitalizados. Medidas de higiene e cuidados básicos de saúde ajudam a prevenir a condição. Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação regular em crianças é uma medida importante para reduzir o risco.

As infecções causadoras da sepse podem ser bacterianas, fúngicas, virais, parasitárias ou por protozoários, com pneumonia, infecção urinária e infecção abdominal sendo os focos mais comuns. As primeiras horas de tratamento são cruciais, e a administração rápida de antimicrobianos é essencial. Coletas de sangue e outras amostras ajudam a identificar o agente infeccioso.

Fatores de risco

Qualquer pessoa pode desenvolver sepse, mas alguns grupos são mais vulneráveis, como bebês prematuros, crianças menores de um ano, idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, AIDS ou que utilizam medicamentos imunossupressores.

Pacientes com doenças crônicas (insuficiência cardíaca, renal, diabetes), usuários de álcool e drogas, e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas, além de transplantados, também estão em maior risco de complicações.

Sintomas e diagnóstico

A sepse pode se manifestar de várias maneiras, com sintomas que indicam mau funcionamento de diferentes partes do corpo. Febre alta, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada, confusão, agitação, alteração do nível de consciência, dificuldades respiratórias, diminuição da produção de urina e pressão arterial baixa são sinais de alerta.

O diagnóstico da sepse é baseado na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de disfunção de órgãos. Não existem exames específicos, mas testes como hemogramas, radiografias de tórax e exames de urina ajudam na identificação do foco e da causa da infecção.

 

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