Tribunal de Israel ordena convocação militar de judeus ultraortodoxos
O Supremo Tribunal de Israel decidiu, nesta terça-feira (25), que o governo deve convocar os judeus ultraortodoxos para o serviço militar obrigatório, uma medida que desafia Benjamin Netanyahu e sua coalizão governamental. Isso representa uma potencial fonte de instabilidade para o governo, que depende do apoio dos partidos ultraortodoxos, historicamente isentos do serviço militar devido ao estudo religioso.
“Neste momento não existe um quadro jurídico que permita distinguir entre os estudantes da yeshiva e os destinados ao serviço militar”, afirmou o tribunal
Além de ordenar a convocação, o Supremo Tribunal de Israel decidiu que o financiamento das yeshivas será retirado se seus alunos não cumprirem as exigências de recrutamento militar. O tribunal argumentou que o Estado não pode evitar completamente o recrutamento desses estudantes sem uma legislação clara que distinga entre estudo religioso e serviço militar obrigatório. Esta decisão reflete um longo conflito político e legal em Israel sobre a isenção militar dos ultraortodoxos, tema controverso há décadas. A opinião pública tem mostrado apoio para revisar essa isenção, enquanto Netanyahu enfrenta críticas internas e externas por sua tentativa de manter a isenção, destacando as profundas divisões e pressões políticas neste debate nacional complexo.
Por Carlos Palermo
Foto: reprodução
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