Sindicato dos policiais penais pede segurança reforçada e discute destino de Ronnie Lessa em Tremembé

O sindicato dos policiais penais voltou a manifestar cautela com a transferência de Ronnie Lessa para a penitenciária P1, em Tremembé (SP). Lessa foi transferido nesta quinta-feira (20) da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) para o interior de São Paulo, em uma operação que mobilizou forças de segurança federais dos dois estados.

“A estrutura física da unidade e do seguro (setor em que presos ficam isolados), não propicia uma efetividade na segurança, primeiro pela falta de policiais e por razão dos preços da facção PCC não aceitarem um ex-PM na mesma unidade”, disse a entidade.

O sindicato de policiais penais apontou preocupações com a segurança tanto de Ronnie Lessa quanto dos servidores da unidade. Lessa está preso desde março de 2019 por envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A Secretaria de Administração Penitenciária confirmou que Lessa ficará isolado por 20 dias, mas fontes indicam que a medida pode ser permanente. O sindicato expressou preocupação com a transferência de Lessa para São Paulo, mencionando o histórico de confrontos entre milicianos e a facção criminosa PCC na unidade prisional onde ele foi alojado.

Para o sindicato, “a presença de Lessa nesta unidade, mesmo que em ala de segurança, colocaria sua vida em risco e poderia gerar instabilidade na segurança da prisão”.

Por Carlos Palermo

Foto: reprodução