PGR ressalta que execução de Marielle teria ligação com grilagem de terras
Na terça-feira (18), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os supostos mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O subprocurador-geral da República Luiz Augusto Santos Lima disse pela acusação, reforçando os fortes indícios de que os fortes indícios de que o crime teve relação com grilagem de terras e a manutenção de negócios explorados por milícias.
Entre esses negócios, estão a extorsão de moradores e o controle de serviços essenciais nas áreas dominadas, como internet e TV a cabo. Em relação às grilagens, o subprocurador elencou projetos de lei defendidos pelos irmãos Brazão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. As propostas abrangiam flexibilização da legislação ambiental e de ocupação do solo com a finalidade de abrir caminho para loteamentos irregulares de interesse da milícia.
O progresso dos projetos não só enfrentava obstáculos ambientais, mas também na possível destinação dessas mesmas terras a moradias populares, política defendida pela ex-vereadora. Esse conflito de interesses teria sido o principal motivo do assassinato. De um lado, as ambições econômicas dos irmãos Brazão, em próxima ligação com objetivos históricos das milícias do Rio de Janeiro. Do outro, a vontade de Marielle de aumentar o acesso da população de baixa renda a moradias em áreas exploradas pela milícia.
Créditos da imagem: Divulgação
Escrito por: Rafael Ajooz