Biden e Zelensky assinam acordo de segurança de 10 anos durante cúpula do G7

Na quinta-feira (13), Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, e Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, divulgaram a assinatura de um acordo de segurança com prazo de 10 anos. O documento foi firmado em reunião bilateral durante a cúpula do G7, na Itália. A meta, segundo os chefes de Estado, é reforçar a defesa ucraniana perante à invasão russa.
O acordo permite que os Estados Unidos forneçam armas e munições à Ucrânia, ampliando a troca de dados de inteligência. O texto também versa sobre o aumento da produção conjunta de armas, justificando posições estratégicas em relação aos sistemas para a defesa ucraniana. Em particular, os sistemas táticos Patriot e esquadrões de caça.
Também estão inclusas no acordo cláusulas responsabilizando a Rússia pela guerra e pela tentativa de “destruir os ucranianos”. Ainda no texto, o governo estadunidense demonstra apoio a uma compensação justa pelos danos causados pelos ataques ordenados por Vladimir Putin.
“Este acordo trata da segurança, da proteção da vida humana, da promoção da cooperação e do fortalecimento das nossas nações. Inclui medidas para garantir uma paz sustentável e beneficia todos a nível mundial, porque a guerra da Rússia contra a Ucrânia é uma ameaça global real. Agradeço a Biden pela sua liderança neste acordo ”, declarou Zelensky.
O líder ucraniano disse que o acordo segue padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que, além de reconhecer um elo com a Ucrânia, mostra o apoio de Washington à adesão do país à aliança militar. A vontade da Ucrânia de integrar o grupo foi uma das motivações da Rússia para começar a invasão no país, em fevereiro de 2022.
O reforço no setor armamentista acontece num momento muito importante para a Ucrânia. Isso porque, diante o enfraquecimento das tropas em razão da escassez de armas enfrentada no início do ano, as forças russas intensificaram os ataques aéreos e avançaram com a ofensiva no país. Alguns ganhos territoriais relevantes foram registrados, como em Avdiivka.
Além do armamento, o governo ucraniano vem criando táticas para aumentar o número de soldados na linha de frente. A exemplo disso, em maio, o Parlamento aprovou um projeto a fim de mobilizar, de forma voluntária, a atuação de presidiários na guerra. Na semana anterior, Zelensky sancionou a lei que endurece o alistamento nas Forças Armadas.
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Escrito por: Rafael Ajooz