Diretor-Geral da PF diz que nova joia em inquérito que investiga Bolsonaro fortalece caso

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que a recente descoberta de uma nova joia negociada por emissários do ex-presidente Jair Bolsonaro fortalece as investigações sobre a venda de presentes recebidos pelo governo nos Estados Unidos.

“Foi nessa diligência do exterior, com a equipe do FBI, que se teve notícia dessa nova joia negociada, que não estava no foco dessa investigação. Houve um encontro de um novo bem vendido no exterior e isso talvez tenha sido um dos fatores para atrasar a conclusão do inquérito. Esse encontro robustece a investigação que se iniciou desde a apreensão no aeroporto”- disse o diretor

A joia foi identificada durante diligências em parceria com o FBI. Rodrigues explicou que essa descoberta, obtida durante cooperação com o FBI em quatro cidades americanas, contribuiu para atrasar o inquérito, acrescentando que essa peça estava acomodada no mesmo estojo da escultura de palmeira entregue a Bolsonaro durante um encontro no Bahrein.

Consequências com a descoberta

O diretor do Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor) da PF, Ricardo Saadi, explicou que a identificação desse novo bem pode ser um agravante na definição da pena em caso de eventual condenação dos envolvidos. O caso pode ser enquadrado como peculato continuado.

Por Carlos Palermo

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