Para impulsionar taxa de natalidade, Tóquio lança app de relacionamento

O governo de Tóquio, no Japão, deve lançar nos próximos meses um aplicativo de namoro. A meta é reverter os baixos índices de natalidade – segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta semana, o país asiático atingiu um novo mínimo pelo oitavo ano consecutivo em 2023.

Segundo o Ministério, a taxa de fertilidade do Japão — número médio de bebês que uma mulher deverá ter durante a sua vida — situou-se em 1,2 no ano passado. Em 2023, nasceram 727.277 bebês no país, 5,6% a menos que o ano anterior.

Autoridades classificam a situação como “crítica” e apontam a queda no número de casamentos como uma das principais razões para esse fenômeno. Dados recentes mostram que o número de casamentos no país caiu 6% no ano passado, com somente 474.717 matrimônios. Na sociedade japonesa majoritariamente tradicional, os nascimentos fora do casamento são raros.

Especialistas acreditam que a instabilidade econômica, as dificuldades em equilibrar trabalho e criação dos filhos também estão entre os principais motivos pelos quais os jovens têm dificuldade em decidir casar ou criar filhos.

Prevê-se que a população do Japão, de mais de 125 milhões de pessoas, reduza cerca de 30%, para 87 milhões em 2070, com quatro em cada 10 pessoas com 65 anos de idade ou mais. Essa tendência decrescente tem sérias implicações para a economia e a segurança nacional do país.

De acordo com o site oficial do aplicativo “Tokyo Futari Story”, administrado pelo Governo Metropolitano de Tóquio, o app deve ser utilizado como o “primeiro passo para iniciar a busca por casamento”.

Os interessados terão que provar uma série de informações para participar, inclusive sobre o seu status de solteiro. A comprovação acontecerá por meio de um certificado de solteiro que poderá ser obtido no distrito de domicílio, pelos correios. A seguir, os interessados terão de fazer um teste de “diagnósticos de valores”, inserindo as características que procura em um parceiro ideal. Ao fim, os interessados também terão que encaminhar documentos comprovando a renda anual, além de assinar um termo de compromisso.

O aplicativo está em fase de teste e deve ser lançado oficialmente até julho.

 

Créditos da imagem: Divulgação

Escrito por: Rafael Ajooz