Eduardo Paes corta relações com Republicanos e afasta aliado de Cunha de secretaria

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) rompeu pacto com o Republicanos, com objetivo nas eleições municipais. Pré-candidato à reeleição e em troca do apoio, Paes nomeou anteriormente o aliado de Eduardo Cunha, Marcus Vinicius Medina Costa, na Secretaria de Habitação. Nesta terça-feira, sua exoneração foi publicado no Diário Oficial.

O novo ocupante será Gustavo Freue, atual chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Vereadores, Carlo Caiado. Freue tem uma ligação de longa data com o prefeito, tendo anteriormente chefiado a Secretaria de Esportes durante o segundo mandato.

“Para mim é uma honra estar de volta à Secretaria de Habitação. O prefeito Eduardo Paes já avançou muito na questão da Regularização Fundiária. A ideia é dar continuidade a esse trabalho, usando a base técnica e a boa relação que temos com o Legislativo. Hoje é notório que a questão habitacional é um grande problema nas grandes cidades e está diretamente relacionada com a Segurança Pública. O desafio é muito grande”afirmou Freue.

Desde o final do ano passado, Eduardo Paes se aproximou do Republicanos com uma aliança que foi consolidada a partir da posse do deputado federal Chiquinho Brazão na Secretaria de Ação Comunitária. Com o andamento do caso da vereadora Marielle Franco, Brazão está preso, acusado de ser um dos mandantes do assassinato.

Desde que o deputado deixou a gestão de Paes, um mês antes de sua prisão, a relação entre o prefeito e o partido sofreu turbulências. No mês passado, Marcus Vinicius foi indicado para a Secretaria de Habitação por sua proximidade com Cunha.

Além de Marcus Vinicius, os presidentes da Rioluz, Raoni César Ras, e do IplanRio, Michell Yamasaki Verdejo, ligados ao Republicanos e próximos ao prefeito de Belford Roxo, Waguinho, também foram afastados de seus cargos.

Republicanos emite nota:

Em nota, o Republicanos declarou que a saída da prefeitura foi motivada pelo descumprimento de acordos estabelecidos com o prefeito.“Quando aceitamos firmar a aliança, foram cumpridos, onde filiações de candidatos na legenda não foram feitas, nomeações saindo em conta gotas, a maioria travadas, obras prometidas e não iniciadas, sem a menor garantia de sua real execução, além do impacto no resultado da nossa chapa de vereadores, desses compromissos assumidos, mas não realizados a contento”, diz trecho de posicionamento.

Por Carlos Palermo

Foto: reprodução