Família denuncia sumiço de rim após morte de mulher em hospital do DF

Emídia Nunes Chavante Oliveira, de 74 anos, morreu no Hospital Regional de Taguatinga após procurar tratamento para enjoo, tontura e dores na barriga e nas costas. Depois da autópsia, a família ficou surpresa ao constatar o sumiço do rim esquerdo dela.

De acordo com a família, houve negligência e demora. Após a internação, Emídia passou por tomografia que, além de mostrar os dois rins, apontou acúmulo de líquido no abdome e na pelve.

A paciente sofreu uma parada cardíaca em 31 de março, foi reanimada e colocada em ventilação mecânica por 28 minutos. Depois, sofreu uma nova parada. Tentou-se a reanimação por mais 45 minutos, sem sucesso. O óbito foi constatado às 02h17.

O hospital informou que a causa da morte foi infecção urinária,  mas a certidão de óbito apontou morte por infecção causada por fezes e urina na região abdominal. De acordo com os parentes, eles não foram autorizados a verem o corpo no hospital, e funcionários da Secretaria de Saúde teriam insinuado que a mulher morreu de Covid, o que impediria a análise.

Os familiares da paciente não autorizaram a doação dos órgãos, nem foram consultados para o procedimento de retirada.

O laudo do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) apontou a ausência do rim. No entanto, de acordo com a família, a tomografia computadorizada feita no próprio HRT cita “rins tópicos, de contornos, dimensões e atenuações habituais”. A imagem mostra os dois órgãos. Exames de 2016 também comprovariam a presença de ambos.

A família registrou ocorrência na Polícia Civil (PCDF) e solicitou explicações da Secretaria de Saúde.

Por: Ágatha Araújo

Foto: divulgação/Hospital Regional de Tatuatinga