Flamengo: Prefeitura ameaça desapropriar local do estádio e revender para clube

O Flamengo tem negociado com a Caixa Econômica Federal o valor do terreno do Gasômetro para a construção de seu estádio, com otimismo recente na cúpula rubro-negra. No entanto, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ameaça desapropriar o local e depois revendê-lo ao clube, o que pode reduzir os custos da construção.

O preço do terreno era o principal entrave na negociação, com o clube buscando pagar cerca de R$ 200 milhões a 250 milhões, enquanto a Caixa exigia mais de R$ 500 milhões. O banco ainda estudava outras possibilidades de uso para a área.

O potencial construtivo da Gávea poderia gerar R$ 500 milhões para o Flamengo, destinados à construção do estádio, sendo utilizados na aquisição do terreno ou na ampliação da arena. No entanto, a concretização desse projeto depende da aprovação da prefeitura. Pedro Paulo destaca que a Caixa tem avaliado o projeto do estádio apenas sob a perspectiva financeira, sem considerar seu potencial de desenvolvimento para a cidade, atuando como um banco privado. Por isso, ele e o prefeito do Rio formularam a estratégia de possível desapropriação.

“O prefeito fez o anúncio porque a Caixa está funcionando como banco privado: querendo maior dinheiro possível. Recado foi dado de que há essa alternativa”, disse Pedro Paulo.

Há dois caminhos para o projeto: A caixa abaixar o preço na negociação com o Flamengo ou a Prefeitura desapropria o terreno. O preço pago no Terminal Gentileza foi de R$ 1.200 por metro quadrado. O terreno pretendido pelo Flamengo tem 103 mil metros quadrados, incluindo a área do fundo de 87 mil m² e outra anexa. Assim, o valor chegaria a cerca de R$ 120 milhões se o clube pagasse o mesmo valor gasto pela prefeitura.

Por Carlos Palermo

Foto: reprodução