Operação da Polícia Civil mira quadrilha que revendia cabos de cobre desviados de empresa telefônica

Uma operação da Polícia Civil foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28) para desmantelar uma quadrilha que revendia cabos de cobre desviados da empresa de telefonia Oi. De acordo com as investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), a organização criminosa era composta por membros da mesma família e movimentou R$ 300 milhões em um ano e meio.

A quadrilha contava com a colaboração de funcionários e ex-funcionários da empresa Serede, que presta serviços para a Oi, facilitando a compra e venda ilegal dos cabos de cobre. Doze pessoas estão sendo investigadas por participação no esquema. Agentes da DRF estão cumprindo 15 mandados de busca e apreensão em Maricá, São Gonçalo e outras cidades da Baixada Fluminense.

Segundo as investigações, Celso Neri e Eduardo Neri, pai e filho, donos da empresa envolvida, compravam os cabos desviados da Serede e os revendiam para ferros-velhos. Entre outubro de 2022 e fevereiro de 2024, apenas um dos envolvidos movimentou mais de R$ 22 milhões, valor considerado incompatível com sua capacidade financeira declarada.

A investigação começou em agosto do ano passado, após a prisão de três homens com uma grande quantidade de cabos de telefonia em um galpão de reciclagem. Esses cabos foram identificados como pertencentes à Oi. A polícia identificou movimentações financeiras suspeitas, indicando a prática de lavagem de dinheiro.

A DRF revelou que pai e filho coordenavam a compra do cobre desviado e posteriormente revendiam o material, efetuando pagamentos em espécie. As movimentações financeiras incluíam a rápida retirada de dinheiro das contas bancárias dos envolvidos, caracterizando o crime de lavagem de dinheiro.

 

Foto: Divulgação/PCERJ