Polícia Federal investiga Romário e Marcos Braz por envolvimento em suposto esquema de corrupção

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) investigam o senador Romário (PL-RJ) e o vereador Marcos Braz (PL), do Rio, que também é vice-presidente de futebol do Flamengo, por um suposto esquema de desvio de dinheiro público. As acusações contra os dois vêm de uma delação premiada.

Foi aberto no mês de maio um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o caso, que tem indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A base para o inquérito, encabeçado pelo ministro Kassio Nunes Marques, vem da delação de do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva. Ele chegou a ser preso em 2019, acusado de participar do desvio de recursos de projetos sociais do governo e da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Segundo Marcus Vinícius, o vereador era o responsável pelo recolhimento de valores desviados no esquema que envolveu uma ONG para “favorecimento ilícito de Romário”. O delator ainda afirma que afirmou que os pagamentos ocorreram durante a passagem de Braz pelo comando da pasta, cargo para o qual foi indicado por Romário e onde permaneceu entre janeiro de 2015 e março de 2016.

Em meio à investigação, o MPF pediu informações à prefeitura do RJ sobre quais contratos foram assinados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac). De acordo com a publicação, o valor total é referente a dois contratos, somando 13 milhões de reais. O primeiro contrato é de julho de 2015 e foi feito para a gestão da Vila Olímpica do Greip. O segundo, de novembro daquele ano, é de 8,5 milhões de reais, e
teve como objeto a administração da Vila Olímpica Nilton Santos.

Marcos Vinícius está sujeito à rescisão do acordo e a pena de até quatro anos de prisão, se constatado que mentiu. Procurada, a defesa do delator não quis se pronunciar.

Por: Ágatha Araújo

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