Após novo ataque do Hamas, Israel bombardeia Rafah e deixa ao menos 35 mortos
De acordo com o jornal americano The Washington Post, a parte da cidade de Rafah que sofreu o bombardeio estava fora da área de retirada obrigatória determinada pelo governo israelense. Essa delimitação foi reservada como zona humanitária em que os moradores deveriam buscar abrigo anteriormente a uma ofensiva terrestre preparada por Israel contra a cidade. Ao The New York Times, James Smith, um especialista britânico em emergências da organização Médicos Sem Fronteiras em Rafah, disse que o ataque matou pessoas deslocadas que “procuravam algum tipo de santuário e abrigo em tendas de lona”.
A realização do ataque aéreo em Rafah foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel que, segundo eles, tiveram como alvo um “centro de operações do Hamas”. Apesar de alegarem terem usado “munições precisas” e de estarem realizando o bombardeio “baseadas em informações precisas”, elas admitiram que “vários civis” foram afetados. Em segundo comunicado, Israel declarou que dois líderes do Hamas foram mortos no ataque.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha declarou que seu hospital de campanha em Rafah recebeu um alto contingente de pacientes que procuravam tratamento para queimaduras e outros ferimentos. Outros hospitais também relataram o mesmo. A Autoridade Palestina acusou o país vizinho de atacar deliberadamente o campo de deslocados. O Hamas, por sua vez, solicitou que os palestinos “se levantassem e marchassem contra o massacre do Exército israelense em Rafah”. Apesar das Nações Unidas estimarem que mais de 800 mil tenham fugido de Rafah após Israel anunciar sua ofensiva, a área continua densamente povoada.
“São tendas muito compactas. Um incêndio como este pode se espalhar por uma distância enorme num espaço de tempo muito curto”, afirmou James ao Times.