Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirma que 170 pessoas estão cercadas por forças de defesa de Israel em hospital de Gaza

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um apelo urgente nesta terça-feira (21) para o fim do cerco ao Hospital Al-Awda, em Gaza, imposto pelas Forças de Defesa de Israel desde domingo (19). Segundo Adhanom, 148 funcionários e 22 pacientes estão presos dentro do hospital.

“Ninguém pode entrar ou sair do prédio”, escreveu Adhanom na plataforma X. “Estamos profundamente preocupados com a segurança dos funcionários e pacientes que permanecem no hospital. Apelamos para que eles sejam protegidos, para o acesso à ajuda humanitária e por um cessar-fogo imediato.”

 

Al-Awda Hospital in northern #Gaza has been under siege since 19 May, with no one allowed to leave or enter; 148 hospital staff, 22 patients and their companions are still trapped inside.

Medical staff inside the hospital reported an attack on 20 May, with snipers aiming at the…

— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) May 21, 2024

O diretor-geral informou que, até o momento, ninguém foi ferido, mas destacou que o hospital, localizado no norte da Faixa de Gaza, está cercado por atiradores de elite, colocando funcionários e pacientes do 5º andar sob constante ameaça. A última vez que a equipe da OMS teve acesso ao prédio foi no dia 13 de maio, quando foram entregues equipamentos médicos e combustível.

Conforme o último balanço das Forças de Defesa Israelenses, o governo de Benjamin Netanyahu enviou 23 mil toneladas de equipamentos médicos para Gaza desde o início do conflito. No entanto, a crise no Hospital Al-Awda ocorre em meio a uma crescente pressão internacional sobre Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária na região.

O principal acesso para insumos humanitários tem sido a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entretanto, essa rota está bloqueada desde que as tropas israelenses iniciaram uma ocupação parcial do território.

 

Foto: Reprodução X