‘Leptospirose, hepatite A, diarreia e até malária surgem após enchentes’, alerta Dra. Gabriella Albuquerque
As mudanças climáticas, responsáveis pela tragédia que se abateu sobre a população do Rio Grande do Sul, podem provocar o surgimento de diversas doenças, sobretudo epidemias. O aviso é da dermatologista carioca, Dra. Gabriella Albuquerque.
“Além de representar uma ameaça à sociedade, as alterações climáticas podem causar danos à saúde do indivíduo. Já parou para pensar o quanto a poluição pode afetar o seu lar? Você tem limpado seu filtro de ar condicionado regularmente? Como está o mofo no ambiente em que você vive? Seu filho pratica atividades ao ar livre? Sua casa fica perto de ruas movimentadas?!, explica a especialista.
Pesquisa feita nos EUA comprova que pequenos conselhos relacionados ao ambiente em que vivemos podem fazer o paciente refletir sobre necessidade de querer viver em num mundo melhor. E esses conselhos foram suficientes para que eles tomassem a iniciativa de consumir menos energias e buscar fontes limpas.
Uma outra pesquisa, feita na Alemanha, com 449 pacientes, demonstrou que os médicos que fornecem orientações sobre cuidados com o meio ambiente desenvolveram pacientes com maior conhecimento qualidade e controle de sua saúde.
“Sim, precisamos de mais estratégias para aumentar a compreensão do tema, mas mesmo pequenas perguntas podem ajudar a fazer a diferença. O que não devemos mais é negligenciar este assunto”, diz a médica.
Um bom exemplo sobre o assunto veio de Niterói. Em março, a prefeitura da cidade e a Fiocruz começaram a elaborar um programa de educação climática, o “Educação Climática no município de Niterói : construção participativa do programa, qualificação e práxis nos territórios “.
Foto: Gustavo Mansur / Agência Brasil