Anvisa aprova resolução que prevê aumento nas restrições do Zolpidem
O uso do Zolpidem parece estar cada vez mais perto de sofrer restrições. Nesta quarta-feira (15), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou uma resolução que aumenta o controle sobre a venda do zolpidem, medicamento indicado para o tratamento da insônia de curta duração. De acordo com o órgão, esta medida foi adotada em decorrência de um aumento de relatos de uso irregular e abusivo do remédio.
A resolução estabelece que, a partir do primeiro dia de agosto, todo medicamento contendo zolpidem, independentemente da concentração, deverá ser prescrito através de uma Notificação de Receita B (azul), que equivale a um controle mais rigoroso. O profissional prescritor deverá necessariamente ser cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária.
Antes desta decisão, uma brecha na legislação sanitária permitia que concentrações de até 10 mg equivalessem aos medicamentos da lista C1 (Substâncias Sujeitas à Controle Especial), com isso, o remédio podia ser prescrito em receitas brancas de duas vias.
“A análise demonstrou um crescimento no consumo desta substância e a constatação do aumento nas ocorrências de eventos adversos relacionados ao uso. Foi possível ainda identificar que não há dados científicos que demonstrem que concentrações de até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado”, declarou a Anvisa.
O zolpidem é conhecido por ser um agente hipnótico indicado no tratamento da insônia de curta duração, causado por dificuldades em dormir e/ou manter o sono. O uso deve ser o menor possível, não ultrapassando quatro semanas. Para que o tratamento seja estendido além desse período, é necessária uma reavaliação médica.
Por Isabelli Aragão
Imagem: reprodução