Vice-presidente do Grêmio critica Flamengo e Palmeiras por não aceitarem paralisação do Brasileirão: ‘jogando no modo amador’

Em participação ao vivo no SportsCenter nesta terça-feira (14), transmitido pela ESPN no Star+, Eduardo Magrisso, vice-presidente do Conselho Diretor do Grêmio, fez duras críticas aos clubes que se opõem à paralisação do Campeonato Brasileiro diante da tragédia que assola o Rio Grande do Sul.

Direcionando suas críticas especialmente ao Flamengo e ao Palmeiras, que se manifestaram publicamente contra a parada, Magrisso comparou a postura desses clubes a jogar “videogame no modo amador”, argumentando que o Grêmio estará em desvantagem competitiva diante da maioria das equipes da Série A, considerando que o elenco sequer tem condições adequadas de treinamento na capital gaúcha.

“Não gostaria de comentar sobre a posição deles [Flamengo e Palmeiras]. Como dirigente, sei como é importante defender os direitos de nossos clubes. Imagino que Flamengo e Palmeiras, que estão em boas condições no campeonato, estejam defendendo o interesse dos clubes. Mas eles estão jogando o videogame no modo amador e vão ganhar sempre”, disparou.

O dirigente expressou seu descontentamento com a posição dos clubes rivais, enfatizando a importância de defender os interesses do Grêmio, mas ressaltando que a situação atual exige solidariedade e compreensão das dificuldades enfrentadas pelo estado.

“Esperamos demovê-los dessa posição e que eles venham a concordar com a gente, entendendo nossa situação. Não podemos olhar somente para nosso clube, porque precisamos de adversário para competir. Sem adversário em igualdade de competição, fica ruim, perdem todos”, seguiu.

Magrisso destacou a necessidade de igualdade desportiva e competitividade no Campeonato Brasileiro, alertando que a impossibilidade de jogar em seus estádios prejudicará significativamente os clubes gaúchos. Ele enfatizou que a solicitação principal é pelo adiamento das partidas afetadas pela tragédia, visando garantir condições justas de competição.

“Palmeiras, Flamengo e São Paulo, que fizeram manifestações bem duras e que, de certa forma, nos causou alguma dor, esperamos que eles mudem a posição e nos entendam. O presidente (do Grêmio, Alberto) Guerra vem tendo conversas com eles, tentando mostrar nossa posição”, complementou.

Além disso, o dirigente lamentou as perdas sofridas pelos funcionários do Grêmio devido às enchentes, destacando a difícil situação enfrentada por muitos deles. Ele ressaltou a importância da solidariedade neste momento e cobrou uma ação mais efetiva da CBF sobre o assunto.

“O Grêmio tem 38 funcionários que perderam tudo. Além de perder tudo, o que já é uma tragédia, algo inimaginável, são pessoas que não têm esperanças, não têm onde abrigar suas famílias, não sabem o futuro… Nós sabemos o que vamos jantar, o que faremos amanhã, eles não sabem, não têm pra onde ir”, finalizou.

Em meio à tragédia que assola o Rio Grande do Sul, Magrisso concluiu sua participação ressaltando a gravidade da situação e a necessidade de compreensão e apoio mútuo neste momento de dificuldade para o estado e seus habitantes.

 

Foto: Reprodução TV