CPI da Manipulação confirma que áudio apresentado por Textor é de jogo no Rio
Na tarde desta quarta-feira (24), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado atribuiu ao ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha o áudio que John Textor diz ter como prova. Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Jorge Kajuru (PSB-GO), confirmaram, após o vazamento da informação.
O dono da SAF do Botafogo utiliza como uma das provas de manipulação, um áudio que seria de um jogo da série C do Campeonato Carioca, que é a quinta divisão, segundo os senadores. Na gravação, o árbitro diz que fez de tudo para manipular o resultado da partida, mas que não deu certo e, por isso, não iria receber o dinheiro acordado.
Glauber do Amaral Cunhou trabalhou até 2022 em jogos B2 e C do Carioca, bem como no futebol feminino e divisões de base. A sessão em que ocorrerá o depoimento será fechada, para que não sejam divulgadas informações que possam atrapalhar as investigações.
Além disso, a CPI da Manipulação de Jogos aprovou a convocação de representas da CBF e da empresa SportRadar, bem como os árbitros Raphael Claus e Daiane Caroline Muniz, dentre outros nomes. Ambos foram convocados para prestar esclarecimentos acerca do VAR e sua aplicação nos Campeonatos Brasileiros de 2022 e 2023.
Os vídeos apresentados por Textor, tem alguns lances em que as câmeras não mostradas ao público representariam decisões diferentes das tomadas. Além disso, o CEO do Botafogo, Thairo Arruda também será ouvido, uma vez que “expressou publicamente suas preocupações sobre a integridade dos resultados do futebol brasileiro, citando possíveis erros de arbitragem e insinuações de envolvimento de casas de apostas”.
por Giovanna Carvalho
Foto: Roque de Sá/Agência Senado