Tio Paulo: Polícia solicita quebra de sigilo bancário do idoso morto em Bangu
A Polícia Civil, nesta quinta-feira, solicitou a quebra do sigilo bancário de Paulo Roberto Braga, 68 anos, cuja morte foi constatada em uma agência bancária em Bangu, Zona Oeste do Rio. Ele foi conduzido ao banco na terça-feira por Érika de Souza Vieira Nunes, 42 anos, que se apresentou como sua sobrinha, buscando fazer com que Paulo assinasse um documento para sacar R$ 17 mil de um empréstimo aprovado pelo banco.
De acordo com o delegado Fábio Luiz da Silva Souza, da 34ª DP (Bangu), Érika acompanhou o idoso em três instituições financeiras entre os dias 15 e 16 de abril, após sua alta da UPA onde estava internado por uma semana. Além das agências do Itaú e do BMG em Bangu, eles também teriam passado por uma filial da Crefisa, cuja localização não foi divulgada, e foram identificadas tentativas de realizar compras.
“A polícia está coletando depoimentos para corroborar e trazer de forma objetiva essas informações”, disse o delegado.
Os investigadores analisarão o histórico bancário da vítima, incluindo dados pessoais, movimentações financeiras, saldos, extratos e investimentos, para montar um perfil de Paulo Roberto. Testemunhas afirmaram que o idoso mantinha controle sobre suas contas bancárias e cartões. Rafaela Souza, irmã de Érika, confirmou essa informação em seu depoimento.
Imagens estão sendo analisadas para determinar se o idoso apresentava sinais vitais quando Érika o trouxe à agência bancária. Testemunhas também serão ouvidas.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML), concluído na quarta-feira, indicou que Paulo Roberto estava debilitado antes de sua morte, apontando um possível engasgo como causa. O delegado afirmou que, mesmo que seja comprovado que Érika entrou no banco com o idoso já morto, a tipificação do crime não deverá mudar.
A polícia está analisando o prontuário da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu, onde o idoso ficou internado, para determinar se ele sofreu maus-tratos.
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