Vaias saindo de caixas de som fazem parte dos métodos do treinador do Santa Cruz
Um dos mais tradicionais clubes do Nordeste, o Santa Cruz segue tentando se reerguer e voltar a frequentar as principais divisões do futebol brasileiro.
Atualmente fora da Copa do Brasil e eliminado da Série D do Brasileiro, o clube que revelou nomes como os dos campeões mundiais Rivaldo e Ricardo Rocha, e tem entre seus torcedores ilustres Chico Science, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Zé do Caixão, tem nos métodos pouco ortodoxos do técnico Itamar Schülle as ferramentas para perseverar nesse difícil caminho de volta.
Durante os treinos da equipe, caixas de som tocam vaias em alto volume a cada jogada errada. Segundo Schülle, a intenção é preparar psicologicamente os atletas, para algo que ocorre na hora do jogo. Segundo ele, com muitos jogadores jovens no elenco, a intenção é blindá-los para as partidas.
O arsenal de “inovações” também inclui uma nota de cem reais amassada no centro do vestiário, para motivar a proatividade “não adiantar querer, ter que ir lá pegar”, explica; além de convites para almoçar, por conta do técnico, cujo o clímax é a sobremesa, um doce tipicamente pernambucano, chamado Sobremesa das freiras.
As técnicas parecem estar funcionando, já que o Santa está disputando as semifinais do estadual (enfrenta o Central de caruaru nessa fase), o único torneio em que a equipe participa no momento.
Foto: Folha PE