Em casos de engasgo, saber executar a manobra de Heimlich pode salvar vidas

À primeira vista, o que parece ser um acidente banal, é na verdade responsável por cerca de 2 mil mortes por ano no Brasil, principalmente de crianças e idosos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o país ocupa o terceiro lugar no ranking de mortes de crianças vítimas de acidentes por engasgo. As causas podem ser diversas, mas pelo fato de bebês estarem em fase de alimentação complementar (sólida) e aprendendo a se locomover, acabam sendo mais suscetíveis ao problema.

Os casos costumam ocorrer quando algo fecha o canal da respiração, impossibilitando a passagem do ar, algo que o corpo combate com a tosse. Mas, em muitos casos, essa reação não é suficiente para liberar o fluxo e desobstruir a via aérea.

Entre as principais ações a serem aplicadas em casos de engasgo está a Manobra de Heimlich. Em bebês com menos de um ano de idade, o procedimento é apoiá-lo no antebraço e virá-lo de bruços, com a cabeça levemente inclinada para baixo. Feito isso, dar cinco tapas firmes, na região entre os ombros, enquanto que, com a outra mão, abre-se a boca da criança. Se a obstrução persistir, deve se colocar o bebê com a barriga pra cima e pressionar com dois dedos seu tórax, entre os mamilos. Se houver tosse ou choro, houve a desobstrução.

Já em crianças maiores, o socorrista deve se posicionar de joelhos por detrás da criança em pé e com as mãos, pressionar a barriga na altura do início do estômago, forçando para dentro e para cima.

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