Direito ao aborto, descriminalizado em 1975, é instaurado na Constituição francesa
A França entra para a história, nesta segunda-feira (04), ao inscrever, em sua Constituição, o Direito da mulher ao Aborto. “Meu corpo, meu útero, minha escolha” e “Nunca mais” diziam dois cartazes de manifestante durante um protesto no país em apoio à revisão constitucional. A sessão especial ocorreu no Palácio de Versalhes após ser convocada pelo presidente Emmanuel Macron, com a presença de parlamentares das Câmaras alta e baixa, tendo a votação alcançado ao menos três quintos dos votos necessários. Assim, a Constituição de 1958 será revisada para a inclusão do direito da mulher ao aborto, se tornando a 25ª alteração feita desde a Quinta República e a primeira desde 2008. Toda essa questão foi ainda mais inflamada depois que, nos Estados Unidos, a Suprema Corte local reverteu a decisão Roe contra Wade, em 2022, que anulou o direto no país. Essa autorizou que Estados americanos pudessem proibir ou restringir, de forma individual, o aborto.
“O comportamento da Suprema Corte dos EUA fez um favor às mulheres de todo o mundo porque nos acordou”, disse Claudine Monteil, chefe da associação Femmes Monde (Mulheres no Mundo), à AFP. Ela foi a mais jovem signatária do manifesto.
Foto: Abdul Saboor/Reuters
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