‘Eles viraram múmia por causa do calor’, disse voluntário no Deserto do Arizona

Voluntários do Águias do Deserto, grupo conhecido por encontrar restos mortais de migrantes no Deserto de Sonora, localizado entre o Arizona e a Califórnia, se deslocam pela travessia terrestre considerada a mais perigosa do mundo segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Após mais um caso e um pedido de socorro feito pela família de um migrante, um voluntário adentrou pelo deserto em busca de mais uma pessoa que não resistiu a travessia: Raúl Sanchez, de 36 anos. Raúl seguia junto à outras pessoas e um coiote (guia que auxilia nessas travessias ilegais), quando não aguentava mais andar, se sentindo fraco. O relato do voluntário, Octavio Soria, conhecido como Chaparrito, descreve como muito difícil a rota, visto que o local atinge temperaturas de 50ºC e tem pouco acesso a rios, o que faz com que a maioria das mortes seja por desidratação.

Chaparrito, e os voluntários, carrega consigo água (13 garrafas: 10 para si e 3 para caso ache algum migrante), uma cruz pintada de branco e um amuleto no qual achou em uma dessas buscas: um sapatinho de criança. Ele o descreve como um símbolo de esperança, pois acredita que os responsáveis e a criança descansavam embaixo da árvore no qual o achou para depois seguirem em frente.

Foto: José María Rodero/ BBC News 

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